Certa vez, trabalhei em uma pequena empresa de Engenharia. Foi lá quefiquei conhecendo um rapaz chamado Mauro. Ele era grandalhão e gostava defazer brincadeiras com os outros, sempre pregando pequenas peças. Havia também o Ernani, que era um pouco mais velho que o resto do grupo.Sempre quieto, inofensivo, à parte, Ernani costumava comer o seu lanchesozinho, num canto da sala. Ele não participava das brincadeiras quefazíamos após o almoço, sendo que, ao terminar a refeição, sempre sentavasozinho debaixo de uma árvore mais distante. Devido a esse seu comportamento, Ernani era o alvo natural das brincadeirase piadas do grupo. Ora ele encontrava um sapo na marmita, ora um rato mortoem seu chapéu. E o que achávamos mais incrível é queele sempre aceitava aquilo sem ficar bravo. Em um feriado prolongado, Mauro resolveu ir pescar no Pantanal. Antes, nosprometeu que, se conseguisse sucesso, iria dar um pouco do resultado dapesca para cada um de nós. No seu retorno, ficamos todosmuito animados ...